Associações em defesa dos animais da selva

Além dos pets, animais silvestres e com risco de extinção também sofrem maus-tratos. Seja na indústria do entretenimento, como em circos ou filmes, da alimentação ou da moda, a fauna brasileira é muito prejudicada. Por conta disso, hoje existem várias associações empenhadas em garantir a qualidade de vida desses seres.

A Associação Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos (ASERG) possui sua sede em Cotia (São Paulo). Os fundadores do projeto, Silvia e Marcos Pompeu, deram início ao Rancho de forma inesperada e com a ajuda de uma cabra chamada Talismã. Após o marido aparecer em casa com uma cabra, o casal precisou pesquisar sobre como alimentar o animal. A partir daí, começaram a se interessar pelo mundo silvestre. O estopim foi um congresso internacional de bem-estar animal. Lá, eles notaram, de fato, todo o sofrimento dos bichos e decidiram mudar a vida deles.

Assim, criaram uma instituição comprometida com a preservação da vida animal e meio ambiente. “É um amor profundo. É mais que isso, é compaixão. A partir daí consegui sentir a dor do outro”, revela Silvia. Apenas com a ajuda de colaboradores, a associação se mantém com doações. Eles acolhem tantos animais que, por falta de espaço e recursos financeiros, optaram por resgatar apenas os cujos pedidos dos órgãos oficiais apontam extrema emergência. Mas os obstáculos não abalam os idealizadores da causa, que continuam lutando, fazendo eventos, vendendo alimentos veganos para fora, ministrando palestras e lecionando em escolas sobre o tema. “A nossa bióloga, Andréa, vai às escolas ensinar a importância da educação ambiental”, explica.

Animais da selva

(Foto: Arquivo pessoal/ Divulgação)

A rotina dos voluntários da associação inclui animais selvagens como os leões

Veados, bichos-preguiça, macacos e leões. O Rancho cuida de todas as espécies de animais que surgirem, mas foca nos silvestres e exóticos por saber que quase nenhuma ONG tem o espaço necessário de acolhimento.“Não existe outro local que receba animais de rinha. Nós os acolhemos e realizamos a socialização. Fazemos o nosso melhor, mas, quando não podemos recebê-los, eles precisam ser sacrificados”, lamenta Silvia.

O sucesso da instituição mostra-se em várias

Segundo a protetora, os animais são resgatados em situação de altíssimo estresse e de tristeza profunda. “Quando um bicho chega, o acolhemos com florais, Heiki, utilizamos homeopatia, cromoterapia e musicoterapia, além da medicina convencional“, revela. A intenção é tratá-lo e devolvê-lo à natureza. “Porém, nem todos possuem o estado físico para voltar ao habitat natural. Alguns vivem em cativeiro conosco. O mais importante é a dignidade devolvida.”

Presidente da ONG pede ajuda e apoio da sociedade na consciência ambiental

Lívia diz que, apesar de as das associações doarem tempo e espaço para esses animais, a realidade ainda é triste e depende da colaboração de cada cidadão. “O desmatamento corre solto, o comércio de animais movimenta milhões de dólares, o envenenamento do solo e da água só aumenta e não teremos tempo suficiente para reverter o ‘estrago’, a não ser que uma rede de ações efetivas seja implantada”, afirma.

 

fonte: http://revistameupet.com.br/

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