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Calopsita – Conheça tudo sobre a relação dos cães com estes pássaros

A calopsita é um pássaro bastante conhecido no Brasil, e não é difícil encontrar alguns exemplares desse animal tão esperto em árvores espalhadas pelas ruas de todo o País – principalmente em cidades do interior, onde o ar é mais puro e a natureza mais abundante.

Nos dias de hoje, entretanto, as calopsitas podem ser encontradas em muito mais locais além das ruas, e cada vez mais amantes de animais escolhem esse tipo de ave para ter em casa como bichinho de estimação; já que tanto o nível de inteligência como a personalidade divertida desse bicho são extremamente cativantes.

Tendo em mente que os pet lovers estão cada vez mais apaixonados pela calopsita, uma questão importante vem à cabeça: é possível ter um pássaro desse em casa se um cão já habita esse lar?

A resposta para essa pergunta é positiva, já que, embora muitos acreditem que a relação entre animais de diferentes espécies possa ser um tanto complicada, isso não é verdade quando a socialização entre os bichos é feita da maneira adequada. Prova disso é a grande quantidade de lares que têm cães e gatos como pets – considerados “inimigos” por natureza e que, no entanto, podem conviver em perfeita harmonia.

No caso dos pássaros, a possibilidade de amizade com os cachorros também é real; entretanto, é importante que os animais sejam bem adaptados uns aos outros (de preferência, desde filhotes) antes que se possa deixá-los sozinhos sem problemas – já que, em alguns casos, um pássaro pode se tornar um bom petisco para cães mais agitados ou agressivos.

Conheça, a seguir, um pouco mais sobre as principais características da calopsita, e veja algumas dicas de como facilitar a interação entre cães e pássaros, caso você queira juntar os dois animaizinhos no seu lar.

A calopsita

Medindo entre 30 e 32 centímetros em sua fase adulta, a calopsita é um pássaro que pesa cerca de 120 gramas e pode viver até os 25 anos de idade se cuidado de maneira correta – embora sua expectativa de vida gire em torno dos 15 anos. Originária da Austrália, essa ave é nômade, e costuma acompanhar o ciclo das chuvas em seus voos, viajando em bando nas buscas por alimentos.

Mais conhecida na América do Norte e na Europa partir do século XIX, a calopsita foi batizada originalmente com o nome de “cacatua-papagaio”, mudando de nome conforme a sua popularidade crescia nos mais diferentes países do mundo. A partir da década de 50, a ave passou por diversas mutações, que geraram uma infinidade de subtipos, sendo as seguintes as primárias e mais conhecidas: Arlequim, Lutino, Canela, Pérola, Prata e Cara Branca.

Atualmente, a legislação animal brasileira já considera o animal doméstico (segundo a portaria de número 93 do Ibama), fato que incentiva ainda mais a aquisição do pássaro pelos amantes de animais no País. Podendo ser extremamente dócil e apegada a seus donos – e, inclusive, capaz de reconhecê-los de longe – a calopsita pode, também, ser muito agressiva e; assim como no caso dos cães, quanto mais nova for a ave, mais fácil será condicioná-la a ser mansa por meio de técnicas de adestramento.

A maturidade sexual se dá por volta dos 12 meses de vida e, a partir daí, a ave pode se reproduzir durante o ano todo, gerando de 3 a 7 ovos por vez em períodos de incubação que variam entre 18 e 23 dias. A época de reprodução destes pássaros modifica o comportamento tanto de machos como fêmeas, que se tornam extremamente agressivos – por isso, na maioria dos casos, é recomendado que fiquem separados; já que os machos podem brigar feio entre si e as fêmeas podem atacar tanto outros animais como as pessoas que ousem se aproximar.

Fãs de bastante espaço para circular e de ter seu próprio ambiente, as calopsitas não gostam de ficar presas em gaiolas; no entanto, essa é uma boa ideia caso haja um cão no mesmo lar em que habita o animal, já que podem haver estranhamentos em um primeiro momento. Com outras calopsitas, de modo geral, o convívio é tranquilo, mas colocá-las junto com espécies como periquitos, entre outros, pode resultar em acidentes e muita confusão, e é uma situação que deve ser acompanhada.

Caso a sua vontade seja a de criar as duas espécies juntas, fazer um teste de convivência nos primeiros dias pode ser uma boa forma de saber se os animais, realmente, conseguirão viver sem brigar. Para isso, as aves devem ser colocadas juntas durante algumas poucas horas, enquanto se analisa o comportamento delas – aumentando o tempo de convivência de maneira gradual e contínua.

Principais tipos de calopsita

Calopsita 02

Casal de calopsitas

Conforme citado anteriormente, o passar dos anos fez com que fossem geradas uma série de mutações da calopsita, nos presenteando com pássaros dos mais diferentes aspectos e cores. Confira, abaixo, uma breve descrição dos seis principais e mais conhecidos tipos de calopsita:

  • Arlequim Sua penagem é mista, e aparenta ser manchada. As cores podem variar entre combinações de branco e amarelo ou branco e cinza. Além do corpo, pode haver manchas de cores diferentes mais próximas da face do animal e no seu famoso “topete”. Dentro do tipo Arlequim de calopsita podem haver, ainda, as seguintes variações: Pérola-Arlequim, Canela-Arlequim, Canela-Pérola-Arlequim, Lutino-Pérola-Arlequim, Cara Branca-Arlequim, Cara Branca-Pérola-Arlequim, Cara Branca-Canela-Arlequim e Cara Branca-Pérola-Canela-Arlequim.
  • Lutino A calopsita Lutino pode ser completamente branca ou levemente amarelada, e conta com bico e patas rosadas, sendo seus olhos quase vermelhos. Algumas contam com uma pequena falha de penas debaixo do topete, e seus principais subtipos são: Lutino-Canela, Lutino-Pérola, Lutino-Pérola-Arlequim e CaraBranca-Lutino.
  • Canela O nome se dá em função das penas do corpo da ave, em tonalidade de canela ou amarronzadas. O bico e as patas são de cor cinza clara, e as penas podem variar de tonalidade. Seus principais subtipos são: Canela-Arlequim, Canela-Pérola-Arlequim, Lutino-Canela, Cara Branca-Canela, Cara Branca-Canela-Arlequim e Cara Branca-Canela-Pérola-Arlequim.
  • Pérola A calopsita do tipo Pérola tem todo seu corpo coberto por manchas similares a pequenas pintas, que podem ser de cor amarela ou branca. Outras variações de cor ocorrem nos seus diferentes subtipos: Pérola-Arlequim, Canela-Pérola-Arlequim, Lutino-Pérola, Lutino-Pérola-Arlequim, Cara Branca-Pérola, Cara Branca-Pérola-Arlequim e Cara Branca-Canela-Pérola-Arlequim.
  • Prata Mutação bastante rara da calopsita, o tipo Prata tem as penas de cor cinza, sendo que a tonalidade varia entre a clara e a bem escura. No subtipo Prata Dominante a ave é toda cinza clara e tem olhos negros; enquanto no subtipo Prata Recessivo o pássaro tem olhos vermelhos e bico e pés rosados.
  • Cara Branca Não conta com pigmentação amarela ou bochechas da cor laranja na área do rosto. A cor da pelagem varia, na maioria das vezes, entre branco e cinza, sendo os seus subtipos: Cara Branca-Lutino (conhecido como albino), Cara Branca-Arlequim, Cara Branca-Pérola, Cara Branca-Pérola-Arlequim, Cara Branca-Canela, Cara Branca-Canela-Arlequim, Cara Branca-Canela-Pérola-Arlequim.
    Cães e calopsitas

Agora que já explicamos um pouco sobre o comportamento e a aparência das calopsitas, podemos falar mais sobre a interação dessa ave com os cachorros. Assim como em toda relação entre animais de diferentes espécies, criá-los juntos desde filhotes segue como a melhor e mais fácil opção de fazer com que uma amizade verdadeira possa se formar; evitando brigas entre os bichos ou, neste caso, evitando que o seu cão faça da calopsita um petisco.

Cão e calopsita em harmonia

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Embora o processo de aproximação e convivência entre estes animais seja mais simples no caso descrito acima, isso não quer dizer que uma calopsita e um cão já adultos não possam interagir de forma amigável – no entanto, nesse tipo de situação, a boa convivência vai depender do nível de agressividade e ciúme dos animais (e isso vale tanto para o cão como para o pássaro).

Nas casas que já tem cães e adicionam uma calopsita à família, deixar a ave dentro da gaiola enquanto os cães estão por perto é uma boa ideia no início dessa convivência – e, mesmo o pássaro não gostando de ficar preso, é melhor que ele permaneça recolhido por algum tempo do que seja comido pelo cachorro, certo? No entanto, quem é dono de cães bem dóceis não tem muito com o que se preocupar, já que, se eles não costumam atacar ouros animais ou pessoas, há uma grande possibilidade de que se dê bem com a ave logo de cara.

Conforme dito anteriormente, fazer experiências de convivência é sempre uma boa opção para iniciar o processo de adaptação e reconhecimento entre os animais, podendo incentivar uma amizade longa e duradoura como a do vídeo abaixo, que faz sucesso na internet por mostrar a clássica cena da animação “A Dama e o Vagabundo” reproduzida por um cachorro e uma calopsita.

 

Fonte: http://www.cachorrogato.com.br

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